Redundância Física

A redundância física nas redes LAN é altamente recomendável.Paradoxalmente pode trazer consequências negativas se não se tomam as medidas oportunas para evitar o aparecimento de loops que saturam o tráfego.

 

 

Loops na Rede

Em Layer 3 existe o campo TTL que vai diminuindo em cada salto soltando os pacotes quando chega o seu contador a zero. Contudo, em Layer 2 não existe uma equivalência para que caduquem os frames que nunca chegam ao seu destino.

É por isso que os caminhos redundantes não se devem permitir pois geram loops na rede consumindo toda a largura de banda assim como os recursos de CPU dos dispositivos. Em definitivo, a rede ficará inutilizada em pouco tempo.

 

Spanning-Tree

Este protocolo é uma das alternativas que podemos implementar nos nossos switches das gamas tanto Smart como Managed para evitar esse efeito indesejado de tempestades de broadcast.

O objetivo do STP consiste em bloquear os caminhos redundantes para que só exista uma possibilidade de chegar a cada destino. Em caso de falhar alguma das ligações físicas que estejam ativas, automaticamente levantar-se-á uma das ligações bloqueados para que nenhum nó fique sem comunicação.

 

Como se implementa por WEB UI?

Nos nossos Smart e Managed switches podemos implementar as seguintes versões de Spanning-Tree:

• STP
• RSTP
• MSTP

Veremos como configurar o Rapid Spanning-Tree que é uma versão melhorada do STP e é a que vem implementada por defeito nos nossos equipamentos quando ativamos o protocolo.

Passo 1

Habilitaremos em modo global o STP desde o menu:
Características L2 >> STP >> Parâmetros globais de STP

O modo por defeito é o RSTP mas desde o menu podemos mudar para STP ou MSTP (recordemos que todos os switches do nosso cenário devem ter o mesmo protocolo configurado para que funcione corretamente).

A prioridade por defeito é 32768 mas podemos atribuir manualmente outro valor (ex. 28672) se queremos que seja escolhido como Root Bridge (a escolha faz-se a favor do switch com Bridge ID mais baixo e, em caso de empate, procurará a menor direção MAC).

Passo 2

Habilitaremos o STP nas portas que desejamos que esteja ativo:

Características L2 >> STP >> Parâmetros de porta de STP

As portas que tenham ligados dispositivos finais a elas (que não vão ligar-se a portas de outros switches) poderemos configurar na opção de Porta Fast em modo Edge. Desta forma conseguimos que a sua transição para o estado de Forwarding seja praticamente instantânea.

É importante recordar que o STP e o Loopback Detection não podem estar habilitados simultaneamente numa mesma porta. Se tentássemos, uma janela emergente avisava-nos do problema para que desativássemos primeiro o protocolo que não queremos ter na porta.

 

Passo 3

Para saber que switch foi escolhido como Root Bridge, desde qualquer um dos nós podemos ir a:

Características L2 >> STP >> Instância de STP

 

Poderemos verificar o estado de cada uma das portas:

Características L2 >> STP >> Informação da porta MSTP

Se a porta está activo o seu estado será Forwarding.

Se a porta está temporariamente inactivo o seu estado será Blocking.

 

Como se implementa por CLI?

Os passos são similares aos mencionados para a interface gráfica; a seguir descrevemos os comandos que se devem executar:

 

Passo 1

Habilitaremos em modo global o STP:

Switch# configure terminal

Switch(config)# spanning-tree global state enable

Se pretendemos que o nosso switch seja escolhido como Root Bridge podemos manualmente baixar-lhe a prioridade por defeito para um valor inferior (ex. 24576):

Switch(config)# spanning-tree priority 24576

 

Passo 2

Habilitaremos o STP nas portas que desejamos que estejam activo:

Switch(config)# interface range ethernet 1/0/1-8

Switch(config-if-range)# spanning-tree state enable

E, igualmente, pode-se desabilitar nas interfaces que queiramos:

Switch(config)# interface range ethernet 1/0/9-16

Switch(config-if-range)# spanning-tree state disable

As portas que queremos por em modo edge para acelerar a sua transição ao estado Forwarding  configuram-se assim:

Switch(config)# interface ethernet 1/0/3

Switch(config-if)# spanning-tree portfast edge

 

Passo 3

Para conhecer que switch foi escolhido como Root Bridge assim como para verificar o estado das portas que tenham alguma ligação física e com o protocolo aplicado nelas executaremos:

Switch# show spanning-tree

 

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